Nos dias 24 e 25 de julho, tive o prazer de participar de um dos maiores eventos de blockchain e finanças digitais da América Latina. Como fundador de uma aceleradora de startups web3, considero esse evento uma parada obrigatória. Ele combina perfeitamente a beleza da cidade maravilhosa do Rio de Janeiro com as tecnologias emergentes.
Acompanho o evento há algum tempo, e é incrível ver como o BRio (também conhecido como Blockchain Rio) tem crescido, não apenas em tamanho, mas também na qualidade de seus palestrantes e participantes.
Um aspecto fascinante foi o número de empresas nativas web3 e protocolos que tiveram espaço de destaque no evento. Na minha opinião, isso é um ponto positivo para o evento e um sinal claro de que os players internacionais estão cada vez mais atentos ao Brasil como um polo emergente na América Latina para o desenvolvimento desse setor.
Empresas como Solana, VeChain, Polkadot, Cardano, Ripple, Klever, Moonbeam, OKX, entre outras, marcaram presença com seus estandes e organizaram diversos eventos paralelos, aproximando-se do público e criando conexões regionais.
Durante o evento, projetos brasileiros ganharam destaque, especialmente aqueles relacionados a protocolos de meios de pagamento. Soluções inovadoras de bridge e pagamentos transfronteiriços, que facilitam transferências entre moedas fiduciárias e criptomoedas, foram apresentadas. Isso ressaltou a importância de tornar a tecnologia blockchain mais acessível, permitindo que mais usuários interajam com o universo web3.
Como parte do time da Web3Valley, não posso deixar de comentar sobre o setor de startups do evento, que apresentou uma grande evolução. O Sebrae esteve fortemente presente com suas startups, a Solana realizou um demo day com as startups do seu hackathon, e o Emerging VC Fellow apoiou o evento. Andando pelos corredores, encontrei diversos amigos de fundos de investimento. Se havia alguma dúvida sobre o ambiente ser propício para startups web3 exporem suas ideias, acredito que não há mais.
Um dos momentos mais aguardados foi a fala de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, sobre o DREX. Essa moeda digital, ainda em desenvolvimento, promete revolucionar o sistema financeiro ao ser controlada diretamente pelo Banco Central, diferenciando-se do dinheiro tradicional por não depender de bancos comerciais.
Além disso, o evento abordou questões regulatórias, com destaque para os créditos de carbono e a tokenização de ativos. Juristas discutiram a classificação de tokens, um tema crucial para o futuro das finanças digitais.
Com mais de 9 palcos, diversas palestras e mais de 14 mil participantes, o evento pareceu pequeno para caber em apenas dois dias.
Para quem deseja se envolver mais com web3, encontrar novas oportunidades e ficar por dentro dos principais assuntos do mercado, o Blockchain Rio é uma parada obrigatória.
Como fundador da Web3Valley, desejo que mais eventos como esse aconteçam. O Brasil tem um potencial acima da média na América Latina, por isso precisamos nos manter atentos e criar um solo cada vez mais fértil para o desenvolvimento de novas startups e iniciativas.