O CHATGPT AGORA INCLUI RECOMENDAÇÕES DE PRODUTOS COMO PARTE DE SUA EXPERIÊNCIA DE BUSCA

Sua empresa já percebeu que as buscas online estão migrando do modo tradicional para modelos com inteligência artificial? O ChatGPT já é usado diariamente por milhões de pessoas para buscar respostas, tomar decisões e, cada vez mais, escolher produtos e serviços. Isso muda tudo.

Enquanto muitas empresas ainda concentram grandes investimentos em anúncios pagos e práticas de SEO tradicionais, um novo paradigma se forma silenciosamente — e quem entender isso agora terá uma vantagem brutal na próxima década.

A OpenAI lançou oficialmente um formulário para que você submeta seus produtos e serviços diretamente ao ChatGPT. Com isso, quando alguém fizer uma pergunta com intenção de compra, como “qual o melhor celular até 5 mil reais?”, o seu produto poderá ser sugerido como parte da resposta do modelo.
Esse é o início do LLMO: Language Learning Model Optimization. Uma nova frente estratégica para quem trabalha com marketing, UX, conteúdo ou produto digital. Para aparecer nessas recomendações, basta:

  1. Permitir o acesso ao bot da OpenAI (OAI-SearchBot) no seu site;
  2. Preencher o formulário oficial da OpenAI;
  3. Garantir que suas informações estejam bem estruturadas e compreensíveis para sistemas de IA.

Comente “busca” que eu te envio o link oficial e siga para mais dicas práticas de como aplicar inteligência artificial no seu negócio.

 

Lembra do formulário de submissão de URLs do Google?

Quem viveu o início da internet comercial sabe: o Google oferecia um formulário simples onde qualquer pessoa podia “sugerir” uma URL para indexação. Era um ritual quase artesanal especialmente útil para quem acabava de lançar um site e queria ser encontrado mais rápido.

Aquilo marcou uma geração de profissionais e pequenos empreendedores. Mas o tempo passou. Aquele formulário foi descontinuado, e com ele, uma lógica importante da internet mudou.

O Google ficou mais inteligente, os crawlers se tornaram mais sofisticados, e o SEO evoluiu. A descoberta passou a ser consequência de um ecossistema de autoridade, relevância, performance e links. A web deixou de ser artesanal e se transformou em uma disputa técnica por visibilidade.

E agora, com o avanço da IA generativa, estamos vivendo esse mesmo ponto de inflexão e com uma nova tecnologia e uma nova forma de descobrir.

 

A OpenAI está reconstruindo a lógica da descoberta digital

Em 2024, a OpenAI deu um passo emblemático ao anunciar a capacidade do ChatGPT de recomendar produtos durante conversas com usuários que expressam intenção de compra.

 
Mas como isso funciona?

  1. Rastreamento com o OAI-SearchBot

Semelhante ao Googlebot, a OpenAI utiliza um crawler chamado OAI-SearchBot para explorar páginas públicas na web. Ele lê, interpreta e organiza essas informações para que possam ser citadas, referenciadas ou recomendadas em interações com usuários no ChatGPT.

 

  1. Submissão direta via formulário

Empresas agora podem preencher um formulário oficial para cadastrar seus produtos e serviços. Isso representa a versão moderna do antigo “Submit URL” do Google mas com uma diferença brutal: aqui, a descoberta é orientada por intenção e utilidade, não por palavras-chave ou metadados.
 

  1. Uso de product feeds estruturados

A OpenAI também está testando a integração direta com feeds de produto, ou seja, arquivos com informações estruturadas sobre seus produtos (nome, descrição, preço, categorias, benefícios etc.). Isso permite que as respostas do ChatGPT sejam mais precisas, atualizadas e validadas com fontes confiáveis, reduzindo o esforço de rastreamento e aumentando a confiança no conteúdo entregue.

 

A transição: do SEO tradicional ao LLMO (Language Learning Model Optimization)

Estamos saindo de uma web baseada em palavras-chave, links e CTR… … e entrando em uma web baseada em intenção, contexto e recomendação assistida por IA.

Essa mudança exige um novo tipo de pensamento estratégico.

Se antes o foco do SEO era otimizar para bots de busca, agora a prioridade é adaptar-se a modelos de linguagem que interpretam o que o usuário quer — e não apenas o que ele digitou. A ênfase em palavras-chave, meta tags e backlinks dá lugar a uma linguagem mais natural, contextual e clara. O conteúdo, que antes era produzido pensando em ranqueamento, agora precisa estar orientado para responder com utilidade real às perguntas feitas em linguagem natural.

O objetivo também muda: antes, era gerar cliques e impressões. Agora, é resolver a dúvida do usuário diretamente na conversa, com respostas que façam sentido no fluxo da interação.

Além disso, enquanto o SEO clássico priorizava fatores como performance técnica, carregamento de página e estrutura de tags, o novo modelo valoriza compreensão semântica e uma estrutura de informação que seja inteligível tanto para humanos quanto para a IA. Isso significa que clareza, intencionalidade e estrutura passam a valer tanto quanto a técnica.

O jogo mudou. E o nome do jogo agora é ser a melhor resposta possível, no momento certo, para a pessoa certa e mesmo que ela não saiba ainda o que está procurando.

 

A conexão crítica entre UX e SEO na era da IA

Nesse novo paradigma, UX (User Experience) e SEO não podem mais andar separados. A descoberta e a recomendação passam a depender tanto da forma como o conteúdo está organizado quanto da experiência que ele entrega para humanos e IAs ao mesmo tempo.

Aqui estão os pontos-chave dessa intersecção:

  1. Experiência do usuário afeta indexação e compreensão Layouts confusos, textos ambíguos e estruturas não hierárquicas prejudicam tanto a navegação quanto a compreensão por parte da IA. UX ruim gera dados ruins para todos.
  2. Design de conteúdo = design da descoberta Títulos, subtítulos, microcopies, blocos visuais e componentes de resposta (como FAQs e listas) facilitam a extração de significado por crawlers e modelos como o ChatGPT.
  3. UX writing e SEO writing precisam conversar O conteúdo deve ser claro, acionável e escaneável. Precisa servir à experiência de quem lê e também ser compreendido por máquinas que resumem e recomendam.
  4. Componentização de informação Assim como fazemos em design systems, pensar em “blocos reutilizáveis de conteúdo” (depoimentos, listas de features, tutoriais, comparativos) permite que a IA reorganize e recombine esse conteúdo em contextos distintos com mais eficiência.

O conteúdo que converte, ensina ou encanta também precisa ser legível para a IA. E isso é trabalho conjunto entre times de conteúdo, SEO, produto e UX.

 

O futuro da descoberta já começou

A iniciativa da OpenAI com o ChatGPT marca o início de uma nova era: a era da descoberta assistida por modelos de linguagem.

As implicações são profundas:

  • As pessoas deixarão de “clicar em links” para aceitar recomendações filtradas pela IA;
  • A visibilidade será consequência de ser útil em linguagem natural;
  • O marketing vai migrar para plataformas de conversa e quem dominar a narrativa nesses canais será dominante no mercado.

 

O que sua empresa pode fazer agora?

  1. Autorize o OAI-SearchBot no seu site Certifique-se de que seu robots.txt não bloqueia o crawler da OpenAI.
  2. Preencha o formulário oficial da OpenAI Está aqui: https://openai.com/chatgpt/search-product-discovery
  3. Reestruture seu conteúdo pensando em LLMO Use linguagem clara, blocos reutilizáveis, perguntas e respostas, dados estruturados e descrições orientadas à intenção.
  4. Promova a integração entre times de conteúdo, UX e tecnologia Porque agora, visibilidade não é só uma questão de tráfego é uma questão de entendimento conversacional.

 

Concluindo: não basta ser encontrado, é preciso ser recomendado

Estamos testemunhando a transformação da internet de uma rede de páginas para uma rede de respostas personalizadas, geradas em tempo real por IA.

A pergunta certa agora não é: em que posição estou no Google? Mas sim:

“Sou a melhor resposta possível para essa intenção?”

Quem entender isso cedo, vai conquistar presença, relevância e confiança nos canais onde a atenção realmente importa.

 

>> Artigo originalmente publicado por Rodrigo Peixoto em 18/05/2025, confira aqui.

 

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