Testar, errar e consertar o mais rápido possível, reduz gastos e definirá a direção por onde a startup deve seguir.
Antes de iniciarmos nosso artigo, sobre os desafios de um MVP na visão de um founder de startup, vamos entender o que é um MVP.
Um MVP (Minimum Viable Product), ou Mínimo Produto Viável em português, é a forma de montar e testar a proposto do negócio. Com ele, conseguimos reduzir gastos antecipados e podemos sentir como o mercado pode ou não aceitar o seu produto ou a sua ideia. Existem alguns tipos de MVP: MVP Concierge – testes realizados de forma manual; MVP Funcional – automatização de processos utilizando tecnologia; MVP Mágico de OZ – a junção de processos manuais com telas de um sistema para que o cliente possa visualizar alguns dados; MVP Protótipo – um modelo funcional do produto para testes e validação; e o MVP Duplo – teste A/B do MVP para analisar aceitação, performance e experiência do usuário. Mais detalhes sobre MVP e startups, leia o livro “A Startup Enxuta” de Eric Ries.
Curiosidade: Link abaixo contendo informações de MVP de empresas de sucesso.
https://exame.com/negocios/como-comecaram-essas-8-grandes-empresas-facebook-uber-e-airbnb-inclusas/
Toda ideia surge de uma dor. Toda dor, surgi de uma necessidade ou desafio encontrado em nosso cotidiano. Porém, aí vem a pergunta chave, o que fazer com essa dor? Nada? Ou, criar um produto escalável que resolverá o problema da população e lhe trazer alguns milhões de reais no futuro?
Pois bem, uma dor pode ser identificada por meio de alguns cafezinhos com amigos e parceiros de negócios, ou os próprios clientes já existentes em seu portfólio. Com isso, o empreendedor oferta o serviço para solução do problema, sem ter sistema, sem ter processo ou qualquer protótipo desenhado. Apenas oferta o produto para que seja executado de forma manual.
E aí, “vamos que vamos”… Inicia-se o primeiro MVP do produto.
1º Desafio – Validação Inicial do MVP
Nesta fase, muita execução manual e passos de “formiguinha”, até chegar à conclusão do trabalho de cada cliente.
É uma fase de muitas descobertas, alinhamento de processos que já estavam na cabeça, novas ideias, novos direcionamentos e nova motivação. Além de realizar um estudo de mercado, descrever um plano de negócios em paralelo e fomentando possíveis parcerias.
Os desafios podem até ser menores no início, mas a constância de execução dos processos trará clarezas a cada passo executado. E aí que começa a evolução do MVP. E tudo isso vai virando um esboço, um mapa mental e fluxos, para a criação de um possível produto escalável.
2º Desafio – Validação do MVP com o Mercado
No mundo atual, as pessoas querem praticidade, simplicidade e agilidade na solução de seus problemas. Por consequência, startups entram na corrida pelo sucesso e o mercado exige cada vez mais qualidade dos serviços prestados.
Fase crucial, pois, a entrega com qualidade, a prestação do serviço com excelência, a cordialidade e senso de pertencimento do cliente, fará toda diferença para sua evolução. Além disso, existem concorrentes, precificação do produto, definição da persona que deseja atingir e a preparação no âmbito educacional para o business ofertado.
3º Desafio – Validação do MVP Funcional
No MVP Funcional, o empreender já começou a injetar um pouco mais de dinheiro, podendo até já possuir investimento anjo no game, pois ele já tem uma direção a seguir. E quando o MVP é lançado ao mercado, um pouco de ansiedade pode tomar conta do empreendedor. Entretanto, este é um momento de preparar um marketing ideal para sua persona, na busca de atingir o maior número de pessoas possíveis e transformas os leads em clientes efetivos
Mas, como tudo na vida é um processo, a startup não sairá de 0 clientes para 5000 clientes da noite para o dia. Existem muitos processos que precisa viver, até chegar ao primeiro passo que é atingir o breakeven (Ponto de Equilíbrio). Portanto, assim que o produto é lançado de forma automatizada, ofertando um produto pago, os clientes começam a contratar os serviços. Neste momento, é de extrema importância que o empreendedor vá avaliando e sentido o que os clientes vão dizendo e executando em sua plataforma ao longo da jornada.
E aí, pode chegar à necessidade de mudança, de pivotar, ou seja, um ponto de inflexão na trajetória da startup. Às vezes pode não ser tão simples e nem rápido o processo de mudança, e é neste momento que a sabedoria, coragem e motivação, precisam estar bem alinhadas para que seja dado o próximo passo. Pois, a mudança traz desconforto, às vezes dolorido, mas, o processo sempre fará parte de nossas vidas. E o que fará toda diferença para que as tomadas de decisão sejam totalmente coerentes, além da sabedoria do empreendedor, a persistência e a resiliência farão toda diferença.