O desconforto da mudança incomoda, mas decidir pivotar o quanto antes, pode determinar a sobrevivência da startup.
Pivotar é um termo derivado da palavra pivot em inglês, que quer dizer “mudar” ou “girar”. Esse é um termo comum entre os startupeiros.
A startup passa por diversas fases durante seu ciclo de vida até virar uma empresa corporativa. Por este motivo, em certos momentos pode haver a necessidade de uma mudança drástica de estratégia, que pode fazer com que a startup tenha que jogar tudo que desenvolveu no lixo e construir novamente, ou apenas fazer mudanças de produto e/ou negócios, para ser cada vez mais competitiva.
Pode até ser difícil tomar essa decisão, mas é imprescindível em certos momentos.
Startups pivotarem é algo comum. Um estudo da Visa em 2019, foi levantado que cerca de 77% das startups já pivotaram pelo menos uma vez. Portanto, não é de se assustar, apenas necessário avaliar o todo e principalmente o motivo que levou a startup a tomar essa decisão.
Startups de sucesso como Youtube, Sambatech, Twitter, Pagpop, Paypal, ZeroPaper, Instagram, Easy Taxi, Flickr e Facebook, já tiveram alguma mudança durante sua trajetória, até chegarem ao topo.
Com essas informações, algumas leituras e com alguma experiência, se assim posso lhes dizer, descrevo abaixo três fatores que considero relevantes no processo de pivotagem da plataforma:
1. Ponto de Inflexão
O que faz uma startup ter que tomar a decisão se vai para o lado A, ou lado B, ou Lado C? Que estratégias de produto ou negócios devem ser tomadas?
Diversas perguntas podem surgir nesse momento, mas é preciso analisar com cautela todos os fatores, para que este ponto de inflexão seja solucionado com eficiência e com direcionamento para o alvo correto.
Situações como a econômica do país, o número de concorrentes, estágio atual do negócio, grau de mudança, recursos disponíveis, poucos serviços oferecidos na plataforma, dificuldades para obter clientes, ou nenhuma diferenciação de produtos de seus clientes, podem fazer com que essas interrogações surgem na cabeça dos founders e dos conselheiros.
Dessa forma, é extremamente importante ter um board de conselheiros ativos e diferenciados, para que as decisões a serem tomadas, sejam eficientes, rápidas, eficazes e que atenda aos requisitos do novo processo ou do novo produto.
2. Testar Hipóteses
Testar é um dos termos mais utilizados no mundo de startups. Hoje, testar é uma ação obrigatória e imprescindível para o melhor do seu negócio. Testar hipóteses o mais cedo possível, traz à tona possíveis problemas, riscos, pontos positivos e negativos que podem surgir durante seu projeto.
Dessa forma, busca-se encontrar a combinação entre um produto simples, com boa performance e que seja cada vez mais útil aos clientes, agregando diversos produtos e serviços. Ou seja, agregando valor para o cliente.
Testes cada vez mais eficazes trazem:
- Fortalecimento do produto
- Destaque da marca
- Ganho de performance em entregas de novas funcionalidades
- Acuracidade do negócio
- E maior qualidade do produto entregue
3. Timing do Negócio
Pivotar é mudar a rota em tempo hábil, para que a startup não perca o mercado. O timing da decisão de pivotar é um elemento que precisa ser considerado a todo momento, pois, novas tecnologias e novos concorrentes vão surgindo a cada momento, deixando o espaço cada vez menor e estreito.
Perder o timing de pivotar ou realizar qualquer mudança, pode ser crucial para sua startup. Por estes motivos, utilizar metodologias ágeis, ferramentas que facilitam os trabalhos, ter uma equipe capacitada, que vista a camisa, fará toda diferença durante a caminhada, evolução e mudanças de seu negócio.
Pivotar pode não ser o melhor dos mundos naquele momento, mas pode garantir o sucesso de sua startup.