CARTA AO MERCADO: MIAMI, LONDRES E SÃO PAULO – O Que Vai Ditar o Ritmo das Fintechs em 2025?

“Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.”

O carnaval passou, e agora está na hora da Kadmotek entrar na avenida de 2025. Existe uma máxima, ou melhor, uma lenda, de que o ano no Brasil só começa depois do carnaval. Essa festa, que representa o Brasil de forma única, é democrática, vibrante e marcada pela influência da cultura africana, trazendo ritmo, cores e energia. Pessoas de todas as classes sociais aproveitam o maior evento brasileiro, seja nos desfiles, nos blocos ou até viajando durante o período.

 

A avenida que espero desfilar nos próximos meses é composta por eventos no Brasil e no exterior. Em março, inicio com o Fintech Américas em Miami. Em abril, sigo para Londres para a Fintech Week. Maio traz o Bancos & Banking, uma iniciativa da Cantarino Brasileiro com a ACREFI. E em junho, para fechar o semestre, participo da FEBRABAN TECH, o maior evento da América Latina no setor financeiro.

 

O cenário global também está em ebulição. O Presidente Trump proibiu a criação de uma moeda digital nos EUA, enquanto no Brasil o Banco Central decidiu não inserir novas empresas no piloto do Drex. Será que esses temas estão interligados? Além disso, a Bybit, uma das maiores corretoras de criptoativos, sofreu o maior hack da história do setor.

 

Em 2024, a Kadmotek investiu em duas novas startups: BWS Bitfy, focada em infraestrutura blockchain, e VALE:JÁ, especializada em antecipação de crédito para caminhoneiros. Além disso, publicou 40 vídeos (30 webinars e 10 institucionais) e entregou 43 artigos, sempre focados no ecossistema de startups. Para 2025, a Kadmotek vai manter o compromisso com a disseminação de conteúdo relevante, dando destaque para Fintechs, Web3, LegalTechs e EdTechs dentro da tese de investimento.

ENREDO DAS FINTECHS

Nos anos 2010, o termo “Fintech” se popularizou e trouxe inclusão financeira para diversas partes do mundo. O Banco Mundial define inclusão financeira como o estado em que “indivíduos e empresas têm acesso a produtos e serviços financeiros úteis e de baixo custo que atendem às suas necessidades”. No Brasil, cerca de 90% da população, ou 200 milhões de pessoas, já possuem algum tipo de conta bancária.

 

Um relatório da Mastercard (A nova era da inclusão financeira na América Latina ) aponta que 58% da população latino-americana reconhece as Fintechs como facilitadoras do acesso aos serviços financeiros. No Brasil, a ABFintechs já conta com quase 700 associadas, que vão muito além dos bancos digitais – muitas dessas startups digitalizam processos e reduzem fricções no sistema financeiro.

 

Apesar da alta taxa de juros, há sinais de aquecimento no mercado financeiro. A consulta pública CP 108, que trata da regulação do Banking as a Service, é um exemplo desse dinamismo. Enquanto os bancos tradicionais seguem relevantes no Brasil, as Fintechs impulsionam inovação e eficiência. Confira o artigo de Cintia Falcão sobre o assunto Banking as a Service’ no Brasil: o futuro está em jogo.

 

Para acompanhar essas tendências de perto, estarei presente nos principais eventos do setor:

 

• MarçoFintech Américas (Miami)

• AbrilFintech Week (Londres)

• Maio – Bancos & Banking (São Paulo, organizado pela Cantarino Brasileiro e ACREFI)

• JunhoFEBRABAN TECH (São Paulo)

As startups do setor financeiro seguem resilientes, transformando desafios em oportunidades.

TRUMP PROÍBE A CRIAÇÃO DE CBDCS NOS EUA

Nos EUA e na Europa, cresce o debate sobre o controle que os governos podem exercer com o uso das CBDCs. No contexto americano, o Presidente Trump proibiu expressamente a criação de uma moeda digital pelo Federal Reserve, em linha com sua proximidade com a indústria cripto.

 

Enquanto isso, o mercado reagiu com a reserva em ativos digitais de três criptomoedas: XRP (Ripple), SOL (Solana) e ADA (Cardano), o que gerou uma valorização de 10% a 35% no dia 2 de fevereiro.

 

Já nas últimas semanas, presenciamos o maior hack da história das criptomoedas. A Bybit sofreu um ataque que resultou em um roubo de US$ 1,4 bilhão – cerca de 500 mil ETH –, atribuído ao Lazarus Group, da Coreia do Norte.

 

O Bitcoin segue volátil. Após as eleições americanas, chegou a US$ 109.241, mas, quando escrevo este artigo, está em torno de US$ 89.000. Alguns analistas financeiros acreditam que o Bitcoin pode perder todo o seu valor, enquanto entusiastas da criptoeconomia projetam um preço de US$ 1 milhão. Minha visão técnica me faz duvidar de ambos os extremos, mas recomendo que cada investidor consulte fontes especializadas antes de formar sua opinião.

DREX: SEM NOVAS EMPRESAS NO PILOTO

O Banco Central optou por não inserir novas empresas no piloto do Drex, citando limitações de recursos. Fábio Araújo, responsável pelo projeto no Bacen, afirmou que a decisão dos EUA de proibir a criação de uma CBDC não deve influenciar países emergentes, uma vez que o dólar já desempenha o papel de moeda global (BC revisará diretrizes do Drex, que podem ser “relaxadas” para aumentar resultados).

 

Minha visão é que, quanto mais participantes no desenvolvimento de soluções para o Drex, maior será a chance de termos inovações alinhadas ao Bacen e ao mercado financeiro. O Brasil precisa de um choque de eficiência. Se aplicações já existentes nos mercados imobiliário e de veículos fossem aceleradas dentro do Drex, os benefícios para a sociedade seriam imensos, criando um efeito cascata de melhorias em outros setores.

 

O ano de 2025 está apenas começando, e a avenida das Fintechs promete ser vibrante e cheia de novidades. Acompanhe nossa jornada e as tendências que moldarão o futuro do setor!

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