O momento é de migração de investimentos! Startups mudam o perfil do investidor, que agora busca aumentar seus ganhos.
Investidores acostumados com taxas anuais de dois dígitos correram para buscar alternativas mais rentáveis mesmo com o aumento do risco e, com os efeitos do Covid-19, também procuraram compensar as perdas dos Fundos de Investimento Imobiliário. Além do refúgio natural imediato, investimento direto na Bolsa de Valores ou por meio de fundos de investimento, parte dos recursos foram aproveitar o spread bancário por meio de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, os FIDCs.
Outros investimentos ilíquidos começaram a atrair a atenção do investidor tradicional que costumava aplicar apenas em grandes instituições financeiras. Sim, as Startups entraram no radar das “pessoas comuns”, pela possiblidade de investir e ter um grande retorno, pelo propósito, por afinidade de competências, pela vontade de empreender e, até, pelo status de ser investidor em uma ”…tech”. Já ouvi algumas pessoas com liquidez dizerem que “o dinheiro da viagem de férias está disponível para investir em startups”. O seu vizinho pode ser o investidor.
A desvalorização do R$ também tornou os preços dos ativos brasileiros atrativos … investimento estrangeiro parece uma realidade distante para uma startup, mas não é impossível …
Isto é, a quantidade de potenciais investidores aumentou e deixou de ser um privilégio de fundos de investimento estruturados com analistas para avaliar as oportunidades. Nesse cenário, facilite a análise dessa “pessoa comum” organizando suas informações e implementado governança no seu projeto.
Algumas tarefas simples, que ajudam muito:
Sua empresa não está regularmente constituída? Tenha minimamente documentada as participações das pessoas que fazem parte do projeto.
Recebeu uma ajuda financeira que precisa ser devolvida, ainda que sem juros? Formalize essa operação.
Mantenha atualizada a matriz SWOT do seu negócio. Não fez? Pesquise, aprenda e construa!
Desenvolveu um software? Organize a documentação de desenvolvimento.
Receita, Impostos, Custos, Despesas, Investimentos, Resultado, Ebitda: entenda esses conceitos e construa a planilha do seu negócio. Não adianta reclamar da quantidade de impostos, o Estado é um dos seus sócios. Por incrível que pareça, existem, no complicado sistema tributário brasileiro, boas alternativas de constituição de empresas com baixa carga de impostos. Pesquise! Se você tem um papel executivo na empresa, lembre-se, deve estimar e incluir esse custo.
Business Plan não é ficção, é a realidade projetada na linha do tempo. Pesquise, em fontes confiáveis (guarde essas informações), sobre o seu mercado (clientes, concorrentes, preços, tendências) e materialize os números do seu negócio. Faça projeções realistas e ao mesmo tempo desafiadoras. Lembre-se, o investidor cobrará os resultados.
O instrumento básico de ingresso de um investidor é o Mútuo Conversível. Entenda como funciona. Entretanto, existem outros mecanismos que podem viabilizar seu negócio, já ouviu falar em Venture Debt?
Quem é você? Concorda que o investidor está concedendo a você diversos tipos de crédito além do dinheiro? Mantenha a sua documentação pessoal e da sua empresa atualizada e disponível.
E, eu sei que você já tem pronta, a apresentação objetiva sobre o seu negócio fundamentada com os números do mercado. Qual é o problema que ela resolve, quem são os clientes, tamanho do mercado, concorrentes, preço do produto/serviço, resultado, escalabilidade e, finalmente, quanto você precisa de investimento e como os recursos serão aplicados, o famoso “usos e fontes”.
Para finalizar, já pensou no percentual da sua empresa que está disposto a negociar?
Prepara-se para o investimento!
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