Em um mundo em transformação pós pandêmico a flexibilidade tornou-se um elemento de valor nos ambientes corporativos.
Em 2020 tínhamos um escritório recém reformado e um espaço adicional em um coworking. Era uma baita estrutura para uma pequena empresa em crescimento. Apesar de estar bem localizado, nossa equipe sofria diariamente com os desafios do trânsito e do transporte público aqui em Brasília. Apesar do início da empresa ter sido em formato remoto, parecia algo tão inviável que só uma crise mundial poderia nos fazer repensar o formato. E a crise veio…
Lembro até hoje do dia 11 de março de 2020. O Governo do Distrito Federal havia publicado um decreto suspendendo a operação de diversos estabelecimentos. A pandemia havia chegado com força e nós não sabíamos ao certo o que ela de fato causaria. Decidimos enviar todos para casa imaginando que em um mês, no máximo dois, estaríamos de volta.
Fomos todos para casa e as semanas passaram. O formato tinha desafios, mas a empresa continuou a cumprir a sua missão. Será que ia dar certo? Aí lembramos do Guilherme, nosso atual Head de Tecnologia, na época programador part time. Ele mora em Goiânia, foi nosso primeiro colaborador e trabalha conosco há mais de dez anos. Pensei: “pode dar certo”, mas o Gui era apenas um. Como fazer isso com todo mundo? Não tinha fórmula, nem manual. Então restava apenas arregaçar as mangas.
Conseguimos nos adaptar à nova realidade. Criamos processos, pontos de contato, e aos poucos fomos entendendo o que o teletrabalho exigia. E, aos poucos, fomos assimilando que não retornaríamos mais ao formato tradicional.
Percebemos algumas dificuldades na nossa comunicação interna, alguns casos de depressão nos atingiram e, aos poucos, criamos caminhos para abordar cada um deles. Para as questões de comunicação, fizemos mudanças na rotina. Reuniões diárias de equipes, liderança, etc. Câmeras sempre abertas para que cada um pudesse ver o outro, observar suas reações e foi com a câmera aberta que descobrimos pessoas que precisavam de acolhimento. Buscamos ajuda, contratamos uma especialista em Desenvolvimento Humano Organizacional para acompanhar os sócios e dar suporte ao time. E isso foi essencial!
Ainda que nossa atuação no modelo remoto tenha iniciado pelo decreto da pandemia, em 6 meses de operação remota, percebemos o impacto positivo: pudemos trazer para nosso time talentos de outras localidades e de forma intencional passamos a realizar rituais para aumentar o contato entre as pessoas e aprofundar os vínculos. Nossos encontros mensais – C7 Talks – também deram espaço para atividades interativas, aprofundamos autoconhecimento e prestamos mais atenção para nosso estilo de comunicação entre os times. Revisitamos nossa história e compartilhamos o manifesto de nossa cultura para que ela esteja presente em todos os níveis de atuação. Somos uma MarTech e trabalhar no modelo Remote First nos fez ainda melhores!
Márcia Pauluk, psicóloga.
Em um mundo em transformação e cheio de incertezas, percebemos que ser remoto nos tornou melhores, mais flexíveis e eficientes. Mesmo distantes, aumentamos nossa conexão com os clientes e entre nós mesmos. Não perdemos tempo com o trânsito e temos mais tempo para estar com a família, ir a academia ou até de não fazer absolutamente nada.
O trabalho remoto é uma experiência muito bacana e que pode gerar conexões tão ou mais verdadeiras do que no formato presencial. Dentro da C7 conseguimos criar uma cultura de proximidade entre os times e as pessoas, principalmente pelo uso da câmera ligada nos momentos das reuniões e conversas diárias.
Cláudia Zabka mora em São Leopoldo – RS e é Coordenadora de Mídias Sociais.
É evidente que para chegarmos nesse ponto, foi necessária a construção de processos, assim como manter a disciplina do time no dia a dia e, por isso, trabalhar à distância precisa ser uma escolha consciente.
Tenho visto muitos textos sobre o que é melhor (escritório, híbrido ou a distância), mas não existe certo e errado. Em um mundo em transformação pós pandêmico, percebemos que a flexibilidade tornou-se um elemento de valor nos ambientes corporativos e o que existe no final é uma escolha. E a nossa é de trabalhar de forma remota. Conseguimos nos adaptar à nova realidade. Criamos processos, pontos de contato, e aos poucos fomos entendendo o que o teletrabalho exigia. E, aos poucos, fomos assimilando que não retornaríamos mais ao formato tradicional.
Como no formato presencial, o trabalho remoto tem seus dias bons e ruins. Mas o que aprendemos é que os resultados são surpreendentes e nesse processo ficou ainda mais claro que, para dar certo, liberdade e responsabilidade precisam caminhar juntos.
>>>Este texto foi originalmente publicado no Blog C7 confira aqui