Startups no setor jurídico & LGPD reduzem riscos e melhoram a performance dos escritórios de advocacia e dos Departamentos Jurídicos das empresas
A união entre a área jurídica e a tecnologia é um mercado cada vez mais atrativo para investidores e para o aumento de performance de escritórios de advocacia e empresas que precisam controlar um grande volume de processos judiciais.
Dada a quantidade de processos que tramitam nas 14.972 unidades judiciárias* respectivos sistemas de informação, os prazos exíguos para os advogados e a necessidade de gerenciamento das provisões financeiras das empresas contribuem para alavancar as LAWTECHs.
O custo para administrar processos judiciais sempre foi alto. Escritórios de advocacia especializaram-se em controlar cada um destes processos através de planilhas e muitos tem uma estrutura operacional imensa, com dispêndio de tempo e energia quando poderiam estar criando e executando estratégias para aumentar os resultados financeiros e mitigar riscos de seus clientes.
Os robôs (RPAs:Robotic Process Automation) passaram a ser aplicados para fazer parte das atividades repetitiva de captura da informação, tratamento, tabulação e cálculos. Um passo muito além do que ter alguém que conhece ferramentas que são padrões de mercado.
E se este robô também pudesse preparar o documento jurídico adequado a cada situação, já fizesse o processo para inserção desta informação e controlasse os prazos, agilizando o trânsito de informação e ainda, produzisse relatórios gerenciais para clientes?
Este sonho não só virou realidade como também já passou a ser parte do passado. Inteligência Artificial, Machine Learning, Agile, Squads, Sprints, sistemas avançados de busca , captura e leitura de documentos e imagens largamente utilizados por empresas de alta tecnologia simplesmente ofereceram melhor performance e redução de custo além de prazos menores para execução de tarefas (no passado eram consideradas como impossíveis ou inviáveis tanto financeira como operacionalmente).
A união da lógica racional para execução de tarefas presente nas empresas de tecnologia (TECHs), com o conhecimento acumulado dos profissionais da advocacia (LAW ) rapidamente gerou valor para empresas clientes e as fizeram revisar sua maneira de tratar os temas “jurídico-tecnológicos”.
LGPD – LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS
Neste cenário, que já não era simples, aparece a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, lançando novos desafios aos profissionais de ambos os setores.
Se olharmos do ponto de vista de projeto com começo, meio e fim, a adequação à LGPD é relativamente simples : IDENTIFICAR, AVALIAR/ELIMINAR GAPs e MONITORAR.
Segundo a lei, a empresa precisa identificar os dados pessoais em seus arquivos, adequá-los às premissas da lei, criando planos de ação para eliminação de GAPS e confecção dos respectivos relatórios (ROPA – Recording of Processing Activities, DPIA – Data Protection Impact Assessment , LIA – Legitimate Interests Assessment, entre outros baseados na legislação européia GPDR – General Data Protection Regulation) e implantar os planos de ação. Em seguida, vem o monitoramento, para garantir que as ações tomadas se perpetuem ou tenham alarmes para mostrar desvios.
Já do ponto de vista das empresas, a situação não é tão simples…Vamos por etapas e com potenciais questionamentos para melhor ilustrar as dificuldades:
Dados pessoais: Onde estão armazenados? Como localizá-los? Qual o volume? Em quais documentos? Estão digitalizados? Estão conosco ou em uma empresa de guarda de documentos com processos aderentes à LGPD? Estão em bancos de dados? Estão em nossos sistemas legados que fazem transações diariamente? Nossa equipe interna tem condições de fazer este levantamento?
GAPs: Como criar planos de açãopara adequação à LGPD? Temos conhecimento para esta etapa? Quem poderia nos assessorar?
Monitoramento: Depois que nossa empresa finalizar os planos de ação, como iremos garantir que continuaremos adequados à LGPD?
Como já falado por muitos, para toda crise ou dificuldade há sempre uma oportunidade, seja para investir, seja para contratar…Neste caso a oportunidade está nas Lawtechs:
- • identificação de dados pessoais através de sistemas conhecidos como Discovery que encontram a informação, transformam dados não estruturados em estruturados, convertem imagens e monitoram a troca de informações entre sistemas legados;
- • redução de GAPs, por empresas e escritórios de advocacia que oferecem consultorias com ferramentas de gerenciamento das implantações de planos de ação;
- • controle de eventuais desvios, com soluções que já preparam automaticamente os relatórios, avisam o DPO- Data Protection Officer sobre a necessidade de ação entre muitas outras funcionalidades.
As LAWTECHs trabalham com diversos modelos de negócio que devem ser avaliados considerando o seu perfil ou necessidade.
Quantas empresas são potencias clientes para uma LAWTECH?
- Se você respondeu “A minha empresa ou a empresa em que trabalho”, contrate uma LAWTECH.
- Se você respondeu “Centenas! Milhares!, invista em uma LAWTECH
Nada impede que você faça as duas coisas.
Trata-se de Um mercado promissor para participar!
* segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – Relatório Justiça em Números