FINTECHIZAÇÃO DO VAREJO

O Brasil despontou como um terreno extremamente fértil e propenso ao surgimento de Fintechs, nos mais diversos segmentos. A Kadmotek dialoga com o ecossistema de startups e, particularmente, com as Fintechs. Para tratar do tema da fintechização do varejo, foram convidados diversos especialistas do meio que abordam diversas questões. Destacaremos neste artigo três aspectos principais, mas ao final você pode acompanhar o bate-papo realizado com este time de primeira linha.

 

A pergunta que conduziu a conversa desta live foi: Afinal, quais os maiores riscos para uma empresa de Varejo entrar no mercado financeiro?

 

João Bezerra Leite, executivo egresso de grandes bancos, atuante como investidor anjo em Fintechs e fundador do #papodefintech destaca que o fenômeno da fintechização do varejo tem riscos como qualquer empreendimento, mas ao olharmos para o mundo, a economia global mostra exemplos diversos de bancos digitais bem sucedidos em suas áreas de atuação, com valuation altíssimos, que atestam o seu sucesso. Todavia, poucos bancos dão resultados positivos ainda, 15 deles que têm resultados bem sucedidos do ponto de vista de rentabilidade e valuation, são da Ásia e vieram exatamente deste ecossistema de Varejo. Trata-se de oferecer uma experiência facilitada aos clientes, tirando a fricção dos processos. João ainda aponta que a grande revolução das Fintechs está por vir e irá eliminar o dinheiro.

 

Eu lidero uma Fintech e acredito que o ecossistema financeiro mais simples facilita a fidelização de clientes e a redução do CAC. Mas, considerando o histórico social e econômico do país, vejo que ainda temos um longo processo até eliminar o dinheiro, já que somos um país continental. A grande revolução pela qual passamos, é a indústria, o varejo e o comércio estarem constituindo seu próprio braço financeiro.

 

Gabriel Meireles, um dos founders da Dr. Cash, também vê com desconfiança o fim do dinheiro e aposta na chegada das novas soluções, como o PIX, que tem sido recordista no país. Ele ainda aponta que a Dr. Cash atua fortemente ligada à saúde oferecendo uma alternativa complementar às vigentes no mercado, alternativas que não demandem o uso de dinheiro.

 

Lucas Hamu, também founder da Dr. Cash, destaca que enquanto uma FinHealthTech uma de suas maiores competências é justamente fintechzar um novo segmento, ou seja, empresas que não necessariamente trabalhavam com finanças optam, seja para aumentar a rentabilidade ou o posicionamento no mercado, passam a oferecer serviços financeiros mesmo que estas empresas não se posicionem como uma financeira. A Dr. Cash propriamente nasce no encontro do segmento da saúde e o segmento financeiro de forma complementar, assim, a Dr. Cash se identifica como uma empresa que nasce em meio ao fenômeno da Fitechzação do Varejo em função de atender o varejo: clínicas e hospitais. Assim, trata-se de uma fintech que oferece soluções financeiras para um mercado específico.

 

Em síntese, o fenômeno descrito ao longo deste bate-papo trata justamente do fato de que as instituições financeiras, em função de seu tamanho, não são mais capazes de ouvir necessidades exclusivas de segmentos, por exemplo, como a saúde. Mas este papo não acaba aqui, quer saber mais sobre esta conversa? Confira aqui o bate-papo integral que contou com a mediação de Gilberto Albuquerque.

 

https://www.youtube.com/watch?v=5ZFk1qLB_Oc&t=1619s

 

 

 

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