DO CTA(CALL-TO-ACTION) PARA O CTV(CALL-TO-VALUE) O QUE MUDA PARA A EXPERIÊNCIA

Resolvi escrever esse artigo após ver o post da Samaneh Dehghanpour no linkedin onde vocês podem conferir aqui nesse link, para mostrar como a comunicação com o seu cliente ou possível pode fazer diferença na experiência do cliente.

 

Até hoje a maioria das startups utilizam nas landing pages, ou em comunicações e até mesmo no e-commerce, o famoso CTA(Call-to-action) que convida a pessoa usuária a realizar uma ação específica: Assinar, Comprar, Pagar, Entrar, Enviar, Registrar e por aí vai, mas a pergunta que vem é:

 

O quanto de valor estamos enfatizando com esse tipo de ação para a pessoa usuária?

Quando mudamos a abordagem para o CTV(Call-to-value) não apenas pedimos a pessoa usuária que faça algo, mas também enfatizamos o valor intrínseco que essa ação trará para ela.

 

Entendendo o Custo vs Satisfação

O conceito de CTV pode ser melhor compreendido através de um modelo simples que balanceia custo e satisfação. Aqui, “custo” não se refere apenas a aspectos financeiros, mas também ao esforço e tempo despendidos pela pessoa usuária. Para que uma ação seja realizada, o custo percebido deve ser significativamente menor do que a satisfação ou valor derivado dessa ação. Quando o valor percebido supera o custo, a pessoa usuária é mais propensa a se engajar, gerando um ciclo positivo de ações e recompensas.

 

O crescimento dos CTAs de alto valor

A implementação de CTAs que destacam um alto valor é crucial para o sucesso de qualquer interface digital ou física. Esses chamados para ação, muitas vezes materializados em botões, imagens clicáveis ou em faixas e cartazes são os catalisadores para conversões, sejam elas inscrições, testes gratuitos ou compras. Páginas eficazes de destino concebidas para capturar leads ou efetuar vendas, dependem fortemente de CTAs eficazes para atingir seus objetivos.

 

Da chamada para Ação a chamada para Valor

O desgaste do poder dos CTAs tradicionais é notável, uma consequência direta do seu uso exagerado e, muitas vezes, desalinhado com as necessidades reais das pessoas usuárias. Essa constatação conduziu à transformação dos CTAs em CTVs. Ao contrário dos CTAs, que muitas vezes visam benefícios unilaterais para o negócio, os CTVs buscam uma reciprocidade de valor, prometendo a pessoa usuária um benefício tangível por sua ação.

 

Comunicando os benefícios

A comunicação eficaz dos benefícios que as pessoas usuárias ganham ao interagir com uma interface é fundamental. Antes e após decidirem por uma ação específica, como a compra de um software, as pessoas têm expectativas e preocupações que precisam ser abordadas. Estabelecer um canal de comunicação bidirecional, que forneça informações de forma oportuna e relevante, é essencial para alinhar expectativas e confirmar valor.

 

Mapeando motivações e valor

A decisão de uma pessoa usuária de interagir com um produto ou serviço está intrinsecamente ligada à sua percepção de valor. Contrariamente à crença popular de que elas são motivadas puramente por economia de tempo, a realidade é que elas buscam uma combinação de fatores, incluindo entretenimento, conforto, sucesso, entre outros.

Compreender essas motivações permite criar propostas de valor persuasivas que alinham os atributos de um produto aos desejos do usuário. Desvendar os motivos dos clientes permite a adaptação cuidadosa da comunicação e das propostas apresentadas. Essa compreensão revela suas verdadeiras necessidades, possibilitando o ajuste preciso da mensagem transmitida. Ao entender as expectativas das pessoas usuárias, aprimora-se a comunicação para um nível de individualização maior, fornecendo conteúdo relevante e soluções personalizadas. A personalização das ofertas, por sua vez, aumenta o envolvimento do público, pois se sentem valorizados e compreendidos. Portanto, a compreensão das motivações se mostra essenciais para criar uma comunicação personalizada que seja efetiva e tenha um impacto significativo.

 

Elaborando proposições de valor persuasivas

O coração de um CTV eficaz reside em sua capacidade de comunicar claramente o valor para a pessoa usuária. Isso envolve elucidar não apenas o que ela ganha ao realizar uma ação, mas também porque essa ação é benéfica para ela. A proposição de valor, muitas vezes resumida em um slogan, deve capturar tanto o apelo quanto o benefício oferecido ao público-alvo.

 

Praticando a chamado para valor

A implementação prática dos CTVs envolve a criação de CTAs claros e convincentes, posicionados estrategicamente para maximizar a visibilidade e a ação. Além disso, o uso inteligente de microtexto pode aprimorar significativamente a clareza e a persuasão dos CTAs, encorajando as pessoas usuárias a tomarem ações que percebam como valiosas.

 

Estudos de caso: CTVs em Ação

Vários estudos de caso ilustram o sucesso da transição de CTAs para CTVs. Por exemplo, uma estratégia bem-sucedida em Creditcards.com viu um aumento nas conversões através da oferta de alternativas de cartão de crédito que apresentavam um valor claro e tangível para a pessoa usuária. Da mesma forma, marcas de e-commerce transformaram suas estratégias de CTAs para enfatizar o valor, resultando em aumentos significativos nas taxas de conversão e satisfação do cliente.

 

Conclusão

A evolução do chamado para ação para o chamado para valor representa uma mudança fundamental na forma como designers e empresas se aproximam da interação da pessoa usuária. Ao focar no valor percebido e real que uma ação pode trazer, as marcas não apenas melhoram a experiência do uso, mas também promovem um engajamento mais profundo e significativo.

 

>> Artigo publicado por Rodrigo Peixoto em 19/05/2024, confira aqui

 

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