Carlos Augusto Oliveira é CEO da CERTDOX, uma Fintech que está revolucionando digitalmente a indústria financeira e o artigo que você lê a seguir foi produzido a partir da live com a Certdox, onde procurei entender um pouco mais sobre as estratégias e o modelo de negócio adotado por essa startup.
Conhecer uma empresa também é conhecer e entender seu CEO e colaboradores e, Carlão, como a intimidade me permite tratar, após se envolver com o ambiente de inovação identificou uma oportunidade de contribuir ainda mais com esse ecossistema, como investidor-anjo, onde tem um portfólio via BossaNova, Kadmotek e seu portfólio direto, mas não resistiu à tentação e acabou se envolvendo de forma mais próxima com a CERTDOX, onde hoje ocupa a posição de CEO.
Carlão é um ex-executivo de carreira consolidada que após acompanhar de perto a indústria financeira participou da criação de um dos primeiros bancos digitais, o Banco Original, e se hoje conseguimos abrir uma conta corrente sem comparecer de corpo presente em uma agência é por que ele foi um dos executivos que deu sustentação à argumentação de Henrique Meirelles, na época presidente do Conselho do Original, junto ao BACEN, além de atuar diretamente na mudança de regulamentação do mercado para permitir o alvorecer das fintechs, sendo um dos expoentes a contribuir com o nascimento das contas digitais.
Como diretor da ABBC – Associação Brasileira dos Bancos Comerciais, ele foi o representante da entidade nos fóruns de inovação e figura ativa na contribuição do projeto do PIX, que hoje é uma das ferramentas desenvolvidas em tecnologia blockchain responsável, em boa parte, pelo aumento da popularização e maior uso de bancos e carteiras digitais.
A principal dor sobre a qual a Certdox atua ao longo de toda a cadeia financeira reside na cadeia de formalização e registro das operações, mas principalmente nos registros de garantias imobiliárias, claro, além de uma gama ampla de outros tipos de registros, contratos e garantias em cartórios, tendo o digital como foco de sua atuação.
O processo de avanço e digitalização dos cartórios é apontado por Carlão como uma constante e seu resultado garante às instituições e clientes uma maior agilidade por meio da superação do paradigma do documento físico, onde a atuação junto aos cartórios ocorre por meio da conexão eletrônica trazendo também benefícios aos próprios cartórios, facilitando uma série de processos que favorecem, entre outros, agentes da indústria financeira, as fintechs. Ter uma experiência 100% digital tem garantido resultados extremamente interessantes e disruptivos, mas ainda há um paradigma a ser superado, o paradigma do papel impresso no reconhecimento de registros. Mas os ganhos em direção ao digital são inúmeros e para além do digital, há economia de custos, redução da burocracia, entre outros. A crise sanitária instaurada pela Covid, foi realmente um fator acelerador deste processo, na visão dele. Hoje, a Certdox já possui cases que embasam seu argumento e são perfeitamente reconhecidos legalmente.
Mas é necessário reconhecer que ainda existem pontos de atrito, cada vez mais a regulamentação para dar segurança às operações vai exigindo contrapartes e integrações com vários tipos de instituições. Isso exige dos bancos uma maior flexibilidade, mas também demanda uma complexidade gigantesca em função do grau de exigência em cada uma dessas integrações que tem seus padrões e tecnologias diferentes. Aqui entra de fato a inteligência e capacidade da Certdox em mediar estes processos, simplificando e garantindo a segurança em toda a cadeia.
A Tokenização de Ativos
Quando provocado acerca da tokenização de ativos, Carlos Augusto afirma que já existem diversas iniciativas nesta direção, mas que exigem arcabouço legal para sua viabilidade. Mas os ganhos são inúmeros quando se trata da gestão e controle de forma muito mais eficiente. Todavia, ele ainda acredita que há muito a avançar quando se trata da tokenização de ativos reais e são muitas as iniciativas avançando nesta direção, cabe acompanhar e entender seus avanços.
A FebrabanTech
Esta conversa nasceu do nosso encontro na edição de 2022 da Febraban Tech, um dos maiores eventos da América Latina na indústria e, para Carlos Augusto, é uma oportunidade única de vislumbrar a direção em que este ecossistema está caminhando, sem falar nas oportunidades de networking e troca de contatos com stands e outros pares.
Ficou curioso?
A conversa com Carlos Oliveira seguiu tratando de aspectos variados da indústria financeira como o marco geral de garantias, o Banco Central e os avanços da indústria financeira, entre outros temas de grade relevância. Acompanhe a íntegra da live abaixo:
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