BUSINESS AS A SERVICE

Esta revolução está mudando a dinâmica do universo financeiro

 

Nestes tempos de quase tudo disponível via aplicativo – seja um carro pelo Uber; o quarto no AirBnB; ou a comida pedida ao iFood – está se tornando cada vez mais óbvio que as empresas não têm a capacidade de fornecer todos os serviços em seu ambiente de maneira individual, 100% proprietária, por mais digital que seja, pois somente com as funcionalidades disponíveis dentro de casa, o caminho é mais árduo, difícil e inviável até, muitas vezes.

 

A dinâmica do “tudo como serviço” gera uma série de oportunidades para as empresas melhorarem a entrega de serviços, seja garantindo maior produtividade, assertividade, custos mais baixos, mais opções e, consequentemente, a satisfação dos clientes. Isto é, em sintonia com a necessidade do cliente, da evolução que o mercado vem tendo, na celeridade que temos visto. As empresas que já são de certa forma nativas do ambiente digital, se familiarizam fácil com relações por APIs (Interface de Programação de Aplicativos), podendo consumir serviços e soluções nos bastidores e os aplicando da forma que bem desejar no seu front, na sua solução, app ou web.

 

E as empresas que não nasceram com essa vibe, ou ainda funcionam de maneira mais analógica, em todo seu fluxo ou parcialmente, ficam excluídas disso? Esse é ponto, não! Existem soluções também em formato plug and play, ou seja, fechando-se negócio, já se começa a usar e, ainda por cima, com a sua cara, também conhecido como White Label. Mas e então, quais as amarras para evoluir para essa frente?

 

É preciso investimento, não só financeiro, mas de tempo, para entender a dinâmica, como isso influenciaria no seu ecossistema já constituído, se de fato seria um diferencial ou somente um custo e sem função. Assim sendo, a modernização do que já se tem é a grande oportunidade de se ter uma nova fonte de receita, de envolver ainda mais o cliente, modernizar suas técnicas e muito mais.

 

É preciso também mente aberta, uma vez em que se tendo um ambiente compartilhado com algum provedor, por exemplo, que envolva dados de alguma forma compartilhados, isso não significa uma barreira, pois muitas vezes, transações, relacionamentos e muito mais podem nesse momento não ser exclusivos, desde que protegido por relações naturais entre as empresas.

 

Os dados são o novo petróleo, têm sim seu grande peso, mas nada ultrapassa a relação com o cliente, quem o tem e lhe agrega valor, buscando cada vez mais novas soluções, terá sua fidelidade, e nesse caso, sendo portanto o rei, no final da história.

 

Todas as empresas, sejam elas financeiras ou não, possuem um departamento de crédito e financeiro, isso é unanime, seja ela do ramo têxtil, parque de diversão, agrobusiness, tanto faz, todas elas possuem, e hoje, com a lógica de tudo as a service, essas empresas não-financeiras, antes desprovidas de informações ou soluções para clientes, passam também a atuar no universo de empresas financeiras, e aí a ordem inverte, pois ela é quem tem o cliente dentro de casa.

 

Imagine agora ter, por exemplo, poder de banco e facilitar a vida da sua cadeia de negócios, algo que me parece fazer mais sentido do que partes de sua cadeia irem buscar soluções fora, ao invés de as realizarem ali mesmo, onde a relação e a confiança já existem.

 

Por isso, meu amigo, a dinâmica vem mudando demais, procure se integrar ao máximo e não deixar o ego de ter algo próprio te consumir e te limitar a evoluir, ao menos inicie pelo as a service, teste, sinta, plugue e desplugue, e mais, evolua e esteja em constante movimento, a ajuda está no mercado, disponível e como serviço com suas mais diversas funcionalidades.

 

Artigo publicado por Leandro Zen em 7 de julho de 2022, confira aqui.

 

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