Neste momento que estamos avançando para o último bimestre do ano com as esperanças renovadas em função da queda dos números da pandemia no Brasil, há algo ainda que preocupa uma boa parte dos brasileiros: o elevado número de desempregados.
Nos vários contextos de crise que já assolaram o nosso país, a estagnação da economia força naturalmente o aumento do desemprego, e com isto, muitas pessoas, com perspectivas temporariamente limitadas em relação à recolocação profissional, se tornam empresárias, ou ainda de forma popular, donas do próprio negócio.
No pensamento popular e coletivo, ser dono do próprio negócio, podendo administrar seu tempo e não ter que cumprir horários e prestar contas para chefes, é um enorme atrativo do negócio, sem contar as facilidades de poder tirar férias no momento que quiser.
Havendo planos de não ficar com trabalho autônomo na informalidade e partindo para um negócio regular do ponto de vista tributário e trabalhista, o novo empresário, que antes era empregado, se depara com uma realidade muito dura e impactante: tomar decisões constantes e cruciais em prol do negócio, pagar todos os impostos e taxas exigidas pela lei e lidar muitas vezes com uma mão de obra que não atende as perspectivas e necessidades rotineiras.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que foram divulgados pelo site G1 em outubro de 2020, o Brasil perdeu cerca de 382,5 mil empresas entre 2014 e 2018, indicando que o país mais fecha do que abre empresas. Via de regra, esse fenômeno ocorre por apostas erradas dos empreendedores, planos de negócios ruins e erros de quem cria uma empresa do zero.
A reflexão aqui não é de desanimar em hipótese alguma quem abriu o seu negócio próprio ou ainda frustrar quem pretende fazer isto um dia: na verdade, o ponto focal é de lembrar que ser um empresário e empreendedor está muito longe de ter uma vida fácil, de prazeres, férias constantes e acompanhar de longe a administração do negócio.
Partindo desta linha de raciocínio, as pessoas que conseguiram crescimento profissional nas empresas, independentemente do nível hierárquico, sem qualquer dúvida, pensam e atuam em linha com o empresário ou diretor da empresa, pois sabem e compreendem o quanto difícil é gerir um negócio e fazê-lo crescer e prosperar pelas inúmeras dificuldades peculiares da atividade.
Para finalizar, vou elencar alguns pontos que eu entendo como fundamentais se a evolução de carreira faz parte dos seus planos:
- Valorize a empresa que você trabalha e procure se inteirar sobre a sua história e conquistas dos fundadores. A probabilidade de o início do negócio ter sido muito difícil, com escassez e com uma estrutura minúscula é de 99,99%;
- Busque inspiração nos grandes líderes e empreendedores. O Brasil está repleto de negócios de sucesso;
- Executar somente as atribuições para as quais você foi contratado, mesmo que ainda com esmero, cria uma chance menor de evoluir do que você investir em sugestões de melhorias ou se colocar à disposição para colaborar com outras áreas da empresa;
- Tenha cuidado e cautela ao ouvir os amigos que só reclamam da empresa e da sorte da vida. Deixar se levar pela influência negativa pode sabotar muitas oportunidades que só mais tarde você lamentará;
- Explore ao máximo a energia da sua juventude para a entrega ao trabalho e estudos, pois as primeiras oportunidades de galgar novas funções geralmente ocorrem antes dos 30 anos de idade.
Abraços e até a próxima!