ACELERADORA X BOOTSTRAPPING

Recentemente, recebi um convite muito especial do Gilberto Albuquerque, CEO da Kadmotek VC, para participar de um bate papo sobre o tema: Aceleradoras ou Bootstrapping, e contribuir com a minha experiência e ponto de vista sobre aceleração de startups. Nessa conversa, mediada pelo Gilberto, tive a honra de conhecer mais sobre a experiência do Diego Pereira, founder e CEO do Cadê Guincho e também do João Paulo Cruz, founder da Vetus. Juntos discutimos sobre como cada estratégia pode contribuir, ou mesmo, atrapalhar o desenvolvimento de uma startup. 

 

 

Nosso objetivo, que foi alcançado com louvor, era falar sobre os desafios de uma startup na fase de Bootstrapping e o que uma aceleradora pode fazer nessa jornada para as startups. Gostaria de salientar a contribuição de cada um nesse debate, que pode ser de grande ajuda para o empreendedor que estiver lendo esse artigo.

 

 

João Paulo Cruz, com seu know-how Bootstrapping, nos deu uma aula sobre o assunto explicando que Bootstrapping é um termo de origem inglesa do século XIX, um jargão “To pull oneself up by one’s bootstraps”, que em tradução livre significa algo como “puxar-se pelas próprias botas”. Basicamente, esse termo traz o conceito de andar sozinho e não depender de nada ou ninguém para crescer. Para o ecossistema de startups, o Bootstrapping é o processo de começar e crescer algo, sem recursos financeiros ou externos, sem investimentos ou empréstimos, apenas com recursos próprios. João Paulo ainda pontuou que atualmente não é comum empresas aderirem ao Bootstrapping, uma vez que está em alta a cultura de investimentos, mas ele garante que o Bootstrapping permite ao empreendedor aprender mais rápido a trabalhar com seu fluxo de caixa e controlar as finanças da empresa, o que resulta em uma evolução e aprendizado significativos ao empreendedor, em contrapartida, o Bootstrapper cresce lentamente e sem apoio.

 

 

Diego Pereira, que já teve experiência com Bootstrapping no mercado de guincho, antes mesmo do Cadê Guincho, e já participou de programas de Aceleração, contou sua experiência sobre o MVP, criado por ele à época, um momento em que não se tinha tanto conhecimento sobre o assunto, e que depois se tornou o ponto de partida para criação do Cadê Guincho. Ele citou que os programas de aceleração são importantes para ampliar o conhecimento e dar os direcionamentos necessários ao empreendedor, a preparação com mentorias, o conhecimento sobre metodologias ágeis, teste de validação e tantos outros, ajudam a entender que para desenvolver o produto ideal primeiro se testa, valida e depois executa.

 

 

Por fim, fiz minhas considerações a respeito da função de uma aceleradora no desenvolvimento de uma startup. Muito além dos investimentos que podem ter origem nos processos de aceleração, as aceleradoras têm papel fundamental no que o próprio nome propõe – acelerar. As metodologias desses programas visam fornecer conhecimento prático e técnico para que os empreendedores entendam qual o caminho para se criar um negócio, validá-lo e então fazê-lo tornar-se escalável. O foco está em aprender com os erros já conhecidos no mercado e não repeti-los, e caso seja necessário errar, que seja de forma rápida e construtiva. Além disso, as aceleradoras estão inseridas nos ecossistemas de inovação de forma que podem trazer inúmeros benefícios para a startup, como por exemplo, a rede de conexão com diversos mentores, investidores anjos, CVC’s e tantos outros. De forma resumida, as aceleradoras ajudam o empreendedor e sua startup a encurtar o caminho de aprendizagem, permitindo que ele obtenha resultados e sucesso a um custo mais baixo, com um menor fator de risco.

 

 

Enfim, este foi apenas um resumo da conversa que tivemos, que foi de grande valor para quem está inserido no universo do empreendedorismo. Muitas outras dicas surgiram nesse bate papo sobre Aceleradoras ou Bootstrapping: qual a melhor estratégia? Ficou curioso? Veja na íntegra nosso bate papo, garanto que você vai gostar.

 

 

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