Como inovar em um segmento tradicional
Todos querem inovar, estar à frente, buscar as novas ondas e tendências, novos produtos e serviços, mas por onde começar?
Quem pensa que isso é somente para grandes empresas está enganado, estão aí as startups dos mais variados ramos e modelos de atuação, com suas estruturas enxutas e recursos escassos, como prova de que isso é possível. E uma coisa é clara: a mente aberta – princípio este, presente desde o início da empresa.
Claro que para empresas já constituídas e que fazem do mesmo jeito há anos, vem a pergunta: por que mexer em um time que está ganhando?
Muitos empresários à frente de seus negócios e até seus líderes se veem envolvidos em tantas rotinas diárias que pouco tempo resta para pensarem em suas estratégias, buscando novos modelos, parcerias e alianças, então o tempo passa e a pressão aumenta cada vez mais, de maneira, muitas vezes, assustadora.
E como dar o primeiro passo? Quais são os caminhos?
Vamos começar pelo de eventos e compartilhamento de recursos. Aqui a ideia é fortalecer o core business, a partir de iniciativas que se enquadrem em um nível inicial, como por exemplo: fortalecer o negócio a partir do envolvimento em um ecossistema de startups, seja por meio de desafios de inovação, workshops, hackathons, etc. e sempre vislumbrar uma possível POC (Proof of Concept), ou “prova de conceito” com uma ou mais delas, testando integrações, sinergias.
Outro caminho é o de participar de processos de aceleração, incubadoras e afins, que têm como objetivo apoiar o crescimento com velocidade, encaminhamento multidisciplinar e até prover infraestrutura, networking e conhecimento.
Por último, e um pouco mais complexo, vem o processo de criar modelos de negócios que irão possivelmente acabar com o seu modelo atual. Estamos falando aqui justamente de disrupção. Mas calma, não estamos nos referindo a curto, e sim, a algo de médio e longo prazo, certamente um dos caminhos com mais riscos. No entanto, como já sabem, onde maior for o risco, maiores serão as chances de retorno. Tem o lado bom disso, não é preciso começar do zero, aqui o processo de fusão e/ou aquisição pode ser um grande aliado para encurtar o caminho.
Cada um desses percursos tem seus prós e contras e é certo, poucas empresas estão dispostas a correr esse risco. Por consequência, por mais que sejam bons, os seus resultados continuarão sendo os mesmos por um maior período de tempo e aí tem um agravante: até que momento? Até o momento em que alguém, ou “alguéns” assuma esse risco. Não é à toa que a quantidade de negócios tradicionais “disruptados” por iniciativas próprias é quase zero.
A ideia aqui é abrir novas vias, mas não se esqueça que independentemente do caminho que tomar, seja um desses ou até mesmo outro aqui não listado, o primeiro passo é ter a mente aberta sempre! Sem isso, nem o primeiro passo poderá ser dado.
>>Texto originalmente publicado no Portal de Notícias INFOCREDI 360, confira aqui.