O assunto finanças pessoais é recente, traz significados diferenciados, por muitas vezes, por falta de conhecimento ou entendimento as pessoas acreditam que serve somente para profissionais do ramo, especialistas em finanças, contabilistas, para empresas, que fazem parte ou estudaram de alguma maneira a gestão financeira. No Brasil, até os anos 1990, o brasileiro estava habituado com a instabilidade econômica, o que favoreceu para que as vidas financeiras das pessoas ficassem em segundo plano e até no esquecimento. O brasileiro se condicionou com as elevadas taxas de inflação, cujos preços subiam diariamente, inibindo durante muito tempo o aspecto do planejar.
Para a grande maioria da população é impossível pensar no futuro em um ambiente inflacionário, a todo e contínuo momento você se dirige por um cenário novo e incerto. Em 1994, com a implementação do Plano Real no Brasil, iniciou-se um processo de estabilização econômica. Com essa situação, absolutamente diferente, as pessoas passaram a consumir mais, e sem a prática de planejar suas finanças pessoais, à população brasileira mergulhou em dívidas.
No entanto, abnegar-se do planejamento é a mesma coisa que deixar outras pessoas decidirem o rumo de suas vidas, deixar o nosso futuro em outras mãos. A questão é identificar que a situação vivida, está longe do ideal que se poderia conseguir não assumindo a responsabilidade pela sua vida financeira. É como aquela história onde uma pessoa sobe uma escada e só quando chega no topo, descobre que subiu no prédio errado. Quanto tempo perdido e oportunidades desperdiçadas, e se essa insuficiência fosse à escada da vida? Tarde demais pode-se descobrir que levou uma vida inteira e não conseguiu conquistar os seus sonhos, os resultados esperados.
Podemos observar nos noticiários atuais que no Brasil houve um aumento econômico, porém, analisando por outro lado, as famílias estão cada vez mais endividadas com esse crescimento, simplesmente por não possuírem uma cultura de administrar o dinheiro de sua renda. A administração financeira pessoal é um hábito pouco utilizado pelos brasileiros, pois deveria ser incluído como um aspecto na educação, demonstrando a necessidade de um equilíbrio para controlar o orçamento familiar, os brasileiros deveriam adotar como praxe o controle financeiro pessoal e procurar cotar os valores sobre o que realmente necessita consumir e planejar também futuras aplicações de excedentes.
Contudo, é indispensável que haja trabalho de conscientização para que vejam que é necessário que a administração financeira não seja somente para pessoa jurídica, e não importando o valor do recebível, mas sim o controle sobre como gastar. Em analogia com a cultura Americana o assunto finanças pessoais, é bem diferente, além dos impostos serem mais baratos e o poder de compra totalmente direcionado ao consumo, a educação financeira é uma das matérias primarias em colégios, e poupar é uma das bases da sociedade. Na Europa, o assunto cultural financeiro está em falta, alguns estudos recentes em Bruxelas falam que a falta de cultura financeira se dissemina por todo o continente.
Nossa vida é cheia de escolhas a todo momento, principalmente com relação ao uso do dinheiro, responsabilizar-se e aprender a lidar com seu próprio dinheiro é primordial para um futuro financeiro saudável, se existisse em todos nós o conhecimento da importância sobre a gestão das finanças pessoais, não estaríamos no grau de crise em que hoje se encontram a grande maioria das pessoas. A grande massa da economia está nos trabalhadores, sendo estes a maioria no país e, através deles que deve iniciar a mudança com a constância diária!
Daqui em diante os brasileiros precisam buscar conhecimento sobre como administrar suas finanças, inclusive procurando educar e debater esse assunto com seu ciclo de pessoas do próprio convívio, educando seus filhos e estimulando essa prática diária, já pensando nas próximas gerações e no futuro, possibilitando assim um dia acreditar que dentro do regime regular de trabalho CLT, por exemplo, que teremos o início de uma reforma nos impostos empresariais e de pessoa física, afinal estamos falando de 8% do salário dos trabalhadores sendo direcionados para uma conta obrigatória (caixa econômica) e administrada pelas regras governamentais pois, na visão das leis brasileiras, o cidadão não tem consciência financeira suficiente para administrar o próprio dinheiro, com isso inviabilizando nossas escolhas de onde e como investir nosso próprio rendimento.
One thought on “A Cultura da Consciência Financeira no Brasil”
Parabêns pelo conteúdo Ana!!!
Parabéns Ana Paula, realmente seu texto é explícito e agradável!!! Concordo com sua linha de pensamento, os brasileiros precisam buscar conhecimento no que diz respeito à administração de seus bens e também incentivar seus filhos, através de aulas de empreendedorismo, que graças a Deus algumas instituições de ensino vêm inserindo em seus currículos… Muito bom!!!
Ótima colocações Ana.
Super produtivo este conteúdo.
Parabéns!!!
Obrigada pelo comentário Odete!
Obrigada pelo conteúdo Jacque!
Excelentes reflexões e dicas, Ana Paula. Parabéns pela simplicidade do texto.
Obrigada pelo comentário Zé!